por Marco Barreiros, COO da Adentis no Porto, para o Jornal Económico.

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Vivemos um momento de transição tecnológica sem precedentes. As inteligências artificiais deixaram de ser uma promessa distante para se tornarem parte integrante da nossa realidade diária, moldando a forma como trabalhamos,comunicamos e tomamos decisões. Perante esta mudança, a nossa maior prova de maturidade coletiva será a capacidade de nos adaptarmos de forma consciente e responsável.A adaptação não passa por uma aceitação cega das ferramentas digitais, mas por uma integração crítica e criteriosa.

Cabe-nos compreender o potencial e as limitações das inteligências artificiais, garantindo que estas complementam, e não substituem, a dimensão humana da nossa atividade. O uso inteligente da tecnologia deve servir para libertar tempo,ampliar o pensamento e reforçar a criatividade. A tecnologia é, por natureza, global, mas o nosso impacto deve continuar a ser local. Num mundo interligado, não podemos ignorar as comunidades.

A inovação deve traduzir-se em valor tangível para as pessoas, ao criar oportunidades,qualificar profissionais e contribuir para o desenvolvimento sustentável. Por fim, esta é também uma era de novas oportunidades de negócio. Áreas como a cibersegurança e a automatização de processos estão em plena expansão e exigem uma abordagem estratégica e ética. Investir nestas verticais não é apenas acompanhar a tendência, que é preparar o futuro com solidez e visão.

O desafio está lançado e a inteligência artificial é um espelho do que somos: criadores de ferramentas poderosas que podem transformer o mundo. A questão é simples: como escolhemos usá-las?